Imagine que nosso corpo é como uma máquina complexa que precisa de diferentes tipos de combustível para funcionar corretamente. Os ácidos graxos ômega 3 são como um tipo especial de óleo que lubrifica e mantém essa máquina em boas condições. Este artigo visa mostrar como esse óleo especial (ômega 3) afeta a forma como nosso corpo processa e utiliza gorduras. Existem várias ideias sobre como o óleo especial funciona. Pode ser como um super-herói que ajuda a evitar coisas ruins, como coágulos sanguíneos e problemas nos lipídios (como o colesterol). Também pode ter um efeito calmante na pressão sanguínea e na inflamação, como uma mão amiga que acalma as coisas quando ficam agitadas.
Muitas pessoas no Brasil têm problemas de saúde relacionados ao coração que podem prejudicar a produtividade e até levar a mortes prematuras. Os pesquisadores descobriram que uma parte importante desse problema está relacionada à forma como as pessoas se alimentam. Eles notaram que falta um tipo específico de "óleo de peixe" na dieta das pessoas, que é chamado de ácidos graxos ômega-3. Este óleo especial tem o potencial de proteger o coração e até ajudar a prevenir certos tipos de câncer.
Estudos mostram que incluir mais peixe na dieta pode ser como colocar um "super óleo" na máquina do corpo, melhorando coisas como os níveis de gordura no sangue, a pressão arterial e até mesmo a forma como o sangue coagula. Isso é importante porque, de acordo com especialistas, dietas ricas em certos tipos de gordura podem estar relacionadas a problemas cardíacos e câncer.Os ácidos graxos ômega-3 agem como guardiões do coração, ajudando a regular a produção de substâncias gordurosas que podem ser prejudiciais. Além disso, eles parecem ter poderes especiais contra o crescimento descontrolado de células associado ao câncer.
Entendendo ácidos graxos e ômega 3
Imagina que nosso corpo é como uma construção e os ácidos graxos são os blocos de construção que o mantêm de pé. Temos blocos comuns, como tijolos padrão, chamados ácido palmítico. Mas, às vezes, precisamos de blocos especiais, com características diferentes, para garantir que tudo funcione bem. Esses são os ácidos graxos insaturados.
Para fazer esses blocos especiais, nosso corpo tem uma "máquina" chamada delta-9-dessaturase, que transforma os blocos comuns em blocos especiais, chamados ácido oleico. As plantas também têm essa "máquina", mas fazem os blocos especiais de uma forma única.
Algumas plantas, especialmente algas no oceano, são como verdadeiros artistas, criando blocos muito especiais com muitos detalhes. Esses são os ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 de cadeia longa, os super-blocos da construção.
Esses super-blocos são essenciais para manter nosso corpo funcionando bem, especialmente para coisas como a saúde do coração e do cérebro. Eles são encontrados em óleos de peixes marinhos, que são como lojas de materiais de construção naturais para esses super-blocos.
No entanto, se consumirmos muitos blocos comuns (como os encontrados em alimentos processados), isso pode atrapalhar a produção dos blocos especiais. Por isso, é importante equilibrar os tipos de blocos que consumimos para garantir que nosso corpo tenha tudo o que precisa para se manter forte e saudável.
Os ácidos graxos ômega-3 e ômega-6 são como peças especiais que nosso corpo pode criar a partir de certos alimentos, como se fossem artesanatos feitos de diferentes tipos de materiais. Mas para fazer essas peças especiais, precisamos de uma "ferramenta" chamada delta-6-desaturase, que age como um escultor moldando esses materiais.
No entanto, alguns "vilões" como gorduras ruins, substâncias prejudiciais em alimentos processados, fumo e estresse podem atrapalhar esse processo. As peças especiais ômega-3 são encontradas em folhas verdes e algumas sementes, enquanto as super especiais, DHA e EPA, estão principalmente nos peixes de águas frias, como salmão e arenque.
Por outro lado, as peças especiais ômega-6 são encontradas em sementes oleaginosas, como nozes e amendoins, e em óleos vegetais. Devido à quantidade de alimentos feitos com esses óleos, as peças ômega-6 são mais comuns em nossas dietas atualmente.
Por isso, é importante manter uma dieta equilibrada para garantir que nosso corpo tenha todas as "peças especiais" necessárias para funcionar da melhor forma possível.
Recomendações Nutricionais
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Não existe uma quantidade específica de gorduras estabelecida pelas RDAs (Recomendações Dietéticas Diárias). No entanto, guias alimentares sugerem que cerca de 30% das calorias diárias devem vir de gorduras, divididas igualmente entre gorduras saturadas, poliinsaturadas e monoinsaturadas. O consumo de colesterol deve ser inferior a 300mg por dia.
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Recomenda-se que a quantidade de gordura na dieta fique entre 20% e 30% do total de calorias, e que haja uma proporção equilibrada entre os diferentes tipos de ácidos graxos.
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Estudos indicam que um desequilíbrio entre os ácidos graxos ômega-6 e ômega-3 na dieta pode contribuir para o desenvolvimento de doenças crônicas. Países com uma razão de consumo de ômega-6 para ômega-3 de 4 para 1 apresentam uma redução significativa nas mortes relacionadas a doenças como a aterosclerose.
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A quantidade de gordura na dieta afeta as respostas das células, mas isso não ocorre de forma isolada. Outros nutrientes, como vitaminas C e E, antioxidantes, glutamina e carboidratos, também têm influência.
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A relação ideal entre ômega-3 e ômega-6 na alimentação é de 1 para 5, com uma tolerância de até 1 para 10. Nos Estados Unidos, a média de proporção entre ômega-3 e ômega-6 é de 1 para 20-30, o que indica um alto consumo de ômega-6 em relação ao ômega-3.
Conclusão
A dieta desempenha um papel importante na prevenção de doenças cardíacas. Estudos mostram uma forte ligação entre os tipos de gorduras que consumimos e os níveis de gorduras no sangue. Mudanças na alimentação, como reduzir gorduras saturadas e trans, e aumentar o consumo de gorduras saudáveis, são medidas eficazes para diminuir os níveis de gorduras prejudiciais no sangue.
Análises combinadas de vários estudos sobre os efeitos dos ácidos graxos ômega-3 em problemas de colesterol e doenças cardíacas confirmam que o tipo e a quantidade de gordura que comemos afetam diretamente nossos níveis de gorduras e lipoproteínas no sangue.
A falta de ácidos graxos ômega-3 na dieta está fortemente ligada ao risco de problemas cardíacos precoces. Por isso, várias organizações de saúde recomendam aumentar a ingestão desses ácidos graxos.
Quanto ao controle dos níveis de gorduras no sangue, embora saibamos que os ácidos graxos na alimentação têm um efeito positivo, é importante abordar o assunto com discernimento e não assumir efeitos milagrosos na prevenção ou tratamento de certas condições sem avaliação cuidadosa.
Referência
SANTOS, Liz Elaine Sowek; BORTOLOZO, Eliana Aparecida Fagundes Queiroz. Ingestão de Ômega 3: Considerações sobre Potenciais Benefícios no Metabolismo Lipídico. Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais. Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Ponta Grossa, Paraná